sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Eu fico pensando de como isso é possível. De como tudo isso encontra-se relacionado. Por que essa idéia domina a minha mente? Essa realidade continua. Esse mundo pelo qual eu não me apropriei. É tudo muito constante, tedioso, sem preocupação. Uma burrice só. Tudo e todos muito monótonos. Desligue-se automático! Não está vendo que estou indo contra a razão? Eu quero o meu emocional. Eu quero os meus sonhos. Eu quero meus pensamentos. As minhas idéias. As minhas perguntas. As minhas conclusões questionadas. Eu quero o meu mundo. Eu ainda tento compreender o que se passa por mim. O que fez eu resultar a esse estado. Será que isso é uma fase, apenas? Se bem que eu gostaria que passasse. Algo me puxando para o fundo do poço. Na verdade... Estou navegando. A um barco pelo qual todos festejam e contam seus experimentos. E eu pareço estar desligada de tudo. Apenas com os olhos abertos. Mas não estou ali. Não estou em lugar algum. Sem sentimentos. Sem nada. Sem um vazio. É nada. Absolutamente nada. E nesse nada, minha cabeça pesa por eu saber que, no meio de tudo aquilo a um furo no fundo do navio, formando um lindo chafariz pelo qual dançam e se iludem por volta. Mas não estou em desespero. Eu apenas estou ali por estar. Como se tivesse sofrendo por uma lavagem cerebral. Mas ao mesmo tempo lembro das minhas conclusões já alcançadas anteriormente. Eu não sei. Eu nunca passei por isso. Eu busco resposta para perguntas nem formuladas. É tudo muito ligado ao automático. Eu odeio isso. Eu quero sentir. Eu quero viver. Eu quero existir. Eu quero entender.